A primeira coisa que chama a atenção de quem se aproxima dos franciscanos é o hábito. Porque suscita curiosidade e perplexidade, dado que a forma e a cor variam segundo as diversas famílias franciscanas, seja masculina que feminina. Por isso, uma das perguntas mais frequentes dos peregrinos e turistas que vão à Basílica de São Francisco, onde é fácil confrontar-se, é está: porque negro ou cinza? Mas o hábito franciscano não é marrom? Neste artigo daremos uma resposta ao argumento do ponto de vista da forma e cor, sem mencionar o significado teológico-espiritual do hábito franciscano, que merece ser estudado à parte.
Hoje nenhuma das ordens ou congregações franciscanas, nem pela forma, nem pela cor, veste o hábito de São Francisco que era em forma de cruz e de cor acinzentada ou de terra, resultado da mistura, em partes iguais, de fios de lã branca e negra ou castanha escuro. Existe quem afirma que o Santo de Assis e os seus companheiros não se vestiam de forma diferente dos pobres e camponeses de seu tempo, mas em seus escritos e biografias se diz alguma coisa diferente. O certo é que o modo de se vestir dos frades menores (túnica longa, capuz, corda e calças) era muito mais pobre do que dos outros religiosos de então, e isto lhes permitia estar mais próximos aos indigentes e mendicantes, mas não se pode negar que foi um verdadeiro distintivo religioso, que os distinguia dos seculares. As duas regras de São Francisco e as biografias se referem em particular mais a humildade do hábito dos frades menores que da cor ou da forma da túnica e do capuz.