“VI O SENHOR!” (Jo 20,18)
Somos convidados a ter o mesmo espanto de Maria Madalena que ao ver a pedra do túmulo aberta e sem o corpo de Jesus, corre para anunciar aos outros discípulos o fato acontecido. E como ela percorramos o mistério de nossa salvação e descubramos a manifestação de Deus desde os primeiros pais a partir do momento que Aquele que procuramos não é mais um defunto, um derrotado, fracassado. Mas é um Deus Vivo, ressuscitado e de pé. Nesse processo fazemos a experiência de que somos chamados a viver nossa vocação como abertura a generosidade e a escuta dos apelos de um Deus vivo e presente. Nossa vocação à vida é crer em Jesus ressuscitado.
Ao depararmos com o episódio de Maria, irmã de Lázaro, que ao receber a visita de Jesus, diz a Sagrada Escritura, quebra um pote de perfume caro e raro para “derramar nos pés de Jesus”. Ou seja, Maria não teme ao desperdício, não economiza no perfume e sem reserva entrega-se ao Senhor no todo. Assim deve ser nossa atitude, quando estamos diante do Senhor: nos entregarmos a Deus da melhor forma possível e nos dispor a derramar sem reserva nossas vidas naquilo que verdadeiramente acreditamos. Esta experiência de fé e acolhida de Maria faz com que a casa fique cheia do perfume.
É neste sentido que celebramos a Páscoa do Senhor: como um caminho no qual nossa vocação consiste em sermos anunciadores da Boa Notícia e exaladores do aroma de Cristo.
Que o pai São Francisco de Assis, testemunha de um amor indissolúvel à vida, paixão, morte e ressurreição do Senhor, possa em cada um de nós ser este sinal do Amor que vive e reina sobre todos nós.