São Francisco de Assis no capÃtulo II da Regra dos Frades Menores convida a todos aqueles que querem assumir este modo de vida a deixarem tudo e distribuÃ-las aos pobres. Neste simples ato, o Santo de Assis compreendeu bem a responsabilidade de ser chamado por Deus. O chamado de Deus nos enobrece, nos enriquece e nos torna solidários e fraternos, no qual nosso único alimento é fazer a vontade de Deus.
Todo chamado exige consequentemente uma resposta. Qual está sendo a nossa resposta a Deus? Antes de respondermos imediatamente essa questão, é importante compreendermos quais são as implicações dessa resposta.
Responder a Deus que nos chama  é comprometer-se com o chamado. Pois, como dissemos acima, o chamado traz em si um novo modo de ser: gratuito, pobre, simples e peregrino neste mundo. Não estamos mais apegados as coisas, as pessoas, a cargos, a lugares, a vontades pessoais e comunitárias, a posições sociais, mais estamos empenhados em realizar a vontade de Deus que nos quer comprometidos com o nosso próximo. Olhar para os que sofrem, para os que estão a margem da sociedade, para os que não encontram mais razão de viver é fazer a mesma experiência de Jesus Cristo: “Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor. Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.” (Jo 15, 9-11).
Deste modo, responder a Deus é abraçar uma vida de realização plena no qual amar como Jesus amou é fazer uma experiência de ser um verdadeiro ser humano. A realização plena está em assumir a cruz do mesmo modo que Nosso Senhor Jesus Cristo: pobre, obediente, casto e jovial. Portanto, o chamado de Deus a cada um de nós é permeado por uma alegria profunda capaz de nos colocar sempre a caminho, mesmo diante de todas as dificuldades da vida. É um caminho de confiança e esperança total em Deus.